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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
A IMPRESSÃO DE ENXERGAR, QUANDO ESTAMOS A BUSCAR UM NAVEGAR SEM TIMONEIRO E SEM DESTINO.

A IMPRESSÃO DE ENXERGAR, QUANDO ESTAMOS A BUSCAR UM NAVEGAR SEM TIMONEIRO E SEM DESTINO.

Se não atentarmos para onde miramos os nossos propósitos, estaremos a ter a impressão de enxergar com os próprios olhos, que há bem da verdade apenas são as marcas, de borboletas ou tucunarés, passeando nos restos esqueléticos, ou como barcos que rumam sem marujos e timoneiros, à deriva de um povo que já não mais aqui estará.

Estaremos a acionar os nossos mísseis, explodindo o futuro, tanto na terra como no mar, invocando os sóis em chaminés, sufocando até na fé, que faz os pássaros se estabilizarem perante seus ninhos, para suas crias alimentar, pois já não teremos lastro, só um olhar sem ter os olhos, bem pior que em Abrolhos, pois só ali jubarte há, num santuário para amar e conceber.

Inventamos quase tudo, com muito orgulho, mas sem carinho, pois nem asas temos para os niños, que estariam nos nossos ninhos, tão famintos de amor e não de guerra, nos nutrindo de carbono e enxofre para selar nosso pulmão.

E assim, só sobra um barco sem vida, sem Popeye e nem Olívia, ou sem uma vela num mastro, muito além de meros remos, que colha os sopros de ar ou brisa contida num mar que tenha o sal como tempero, para facilitar as nossas vidas, ao invés de uma aguerrida batalha contra nós mesmos, a nos deixar, como num lampejo, com um olhar que só representa o disfarce e o triste fim dos nossos rancores letais, bestializando a nossa aura de sonhos e eternidade, que se mostram bem mais celestiais nas asas dos pássaros ou das libélulas, com seus enfeites ou camuflagens, nada fáceis, e tudo mais!

Predadores de nós mesmos, estamos jogando no ralo dos esgotos os nossos destinos, pois em vez da cura, viramos assassinos de nossa própria virtude, sem espinafre e nem altivez, que nos dê logo de uma vez o direito de aqui, nesse paraíso, sabermos é o saborear, sem egoísmo ou maldade, mas com o olhar sereno da caridade, como numa noite de cheio luar sobre as águas do mar, que não nos rouba energia, mas fortalece à vida.


Publicada no Facebook em 10/01/2019
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020
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