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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
GERIR PARA SI OU PARA GRUPOS, EXPÕE VISCERALMENTE NOSSOS ERROS E ESCOLHAS.

GERIR PARA SI OU PARA GRUPOS, EXPÕE VISCERALMENTE NOSSOS ERROS E ESCOLHAS.

Em 1980, o governo militar decantava aos quatro ventos o que achavam serem funestas profecias.

Mas agora descobre-se que os que se intitulavam puros, fiéis e ordeiros cumpridores da lei e da ordem, em busca de progresso, realmente eram os verdadeiros torturadores do povo, nas figuras de Médici, Geisel e Figueiredo, escolhendo até quem devia morrer ou não, como verdadeiros esquadrões de extermínio.

Relegaram a educação, exacerbadamente decantada por Darci Ribeiro, pois ela poderia abrir os olhos, as mentes e o senso crítico do povo humilde e relegado ao obscurantismo.

Contrariaram uma tendência mundial, como no Japão, nos tigres asiáticos, na China e na Índia, sem falar em outros exemplos, que investiram com galhardia, sem medo de comunismo ou socialismo, mas vendo que, parafraseando um trecho musical de que "só o amor constrói", somente com investimento em ensino e tecnologia um país pode galgar um direito ao Sol, que energiza e trás esperança para a humanidade.

Hoje sabe-se que a corrupção no Brasil vem dos tempos de Pedro Álvares Cabral, não escapando nenhum período ou ideologia política no poder.

E hoje ficam expostas as contradições de um povo sem cabedal educacional, sociológico, filosófico e de respeito às diferenças, que nos expõem ao ridículo de elegermos verdadeiros palhaços políticos ou reelegermos velhas raposas para tomarem conta do galinheiro, preparando o país para esfacelar suas riquezas e direitos tão arduamente conquistados, como a laicidade do estado, que dá a todos a liberdade de não sermos massa de manobra, votos de cabresto ou dizimistas fanáticos, que caem nas mãos de líderes religiosos apegados ao dinheiro e à luxúria, sem pagar impostos.

Governar virou sequestro relâmpago de bancadas políticas, que só visam aos interesses de grupos e não ao progresso harmônico da nação, para estabelecer políticas de entreguismo da nossa própria terra e do nosso próprio lar.

Ninguém quer abrir mão de privilégios de categorias, gerindo o que é de todos como se fosse de ninguém.

Enquanto uns têm auxílio paletó, outros nem direito à insalubridade ou adicional noturno o vislumbram receber.

Há salteadores em todos os setores, seja no público ou no privado. Uns sonegando até a alma, enquanto outros roubam até a merenda escolar ou os remédios do SUS, em ardis de conluios feitos até nas madrugadas de jaburus, assembleias, palácios, milícias, fronteiras, nas ruas e ladeiras, desde que beneficiem os espertos, os que se encastelam em mandatos eleitorais que se perpetuam pela lábia e verborragia, sem enfrentarem o bom combate, sem guardarem a sua própria fé e a desdenhar da fé do seu semelhante.

O Brasil virou chacota internacional, se preparando para ser loteado e vendido barato.

E quem pagará o pato é o degradado social de cor de pele, escravidão disfarçada, barraco nos morros, pedindo socorro num grito sem eco, sem ter quem socorra, a não ser que fuja, ou corra, de uma bala achada, já que as perdidas já dilaceram cotidianamente a todos nós, que apenas queremos a paz e a dignidade de viver em harmonia, e não nessa sodomia política e econômica, dominada pelo tráfico de drogas ou de influências, que criou a "Lei de Gerson", contaminando a sociedade e os três poderes da república, não agravando a todos.

Como o Brasil é tido como o país do futuro, tomara que haja tempo de acharmos a cura para esse câncer em processo de metástase que tenta nos dilapidar o paraíso que Deus nos presenteou.

Só assim, estaremos caminhando pelo equilíbrio, sem direitas ou esquerdas a se digladiarem, mas buscando um método único e novo de gerir um país sem igual, que tem tudo do melhor e natural para ser guia de um novo mundo a se avistar, após um navegar em mares turbulentos, com a coragem e fé de Noés ou de quem mais o quiser.

Com educação e sem truculência, sem demagogia, mas muita coragem e resiliência, acharemos o nosso norte, nosso forte e nosso poste, ou nossa torre, para as noites sombrias clarear, como os faróis e as bússolas a guiar nossas embarcações na escuridão do mar revolto.


Publicada no Facebook em 19/12/2018
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020
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