PRIMO COM LIBERDADE DE SE PERTENCER E SE PERMITIR.
PRIMO COM LIBERDADE DE SE PERTENCER E SE PERMITIR. (Homenagem a Othoniel Braga Júnior, um ser encantado, em nov/2018)
Reencontrar quem amamos,
Mesmo na simplicidade do lar,
Nos traz a certeza de quem se pertence,
Pois sabe chegar sem mandar avisar.
Morar tão distante, mas perto, num instante,
Demonstra que tem valor o que é forte e conquista,
Pois tenho uma pista, nem tudo tem preço.
Mas mesmo que etiquetas tivessem,
que as flores murcham e perecem,
E todas carecem do tempo pra ser,
A fruta tem sabor só no seu tempo certo, pra todo prazer.
Quem muito clama e declama,
Nem sabe se a cama lhe quer ver deitar,
Pois podem ter lastros toscos e fracos,
Trincando baratos, pois madeira de lei fingiam só ser ou estar.
Não apregoe ser anjo ou ter santidade,
Pois o ferro pode não ser de verdade,
E envergar no repique do martelo a bater,
Não firmando a cama em que queres gemer.
Ter primo, ser umbigo,
É um privilégio dentre os amigos,
Que mais que a carne, as almas se unem,
Bem mais forte do que o perfume das flores atraem.
Nunca fui de esconder o meu lado emotivo,
Por isso choro junto aos amigos,
Pois querer florescer, requer assistência,
Pra adubar, cuidar e regar com frequência, a essência do que digo.
Por isso sou alvoroço, se gosto,
Pajeando como cola e grude, mesmo sendo até rude,
Já que quando eu cismo,
Nem mesmo um mero sorriso, consigo gerar.
Fico pelos cantos, perdido sem acalanto,
Me faltando alegria, por puro espanto,
De ver o meu santo não querer o do outro,
Quem sabe já venha de longe o veneno, a bala e o punhal por encanto.
Mas desse menino, que hoje ele é el niño,
Desejo o sucesso do fogo londrino,
Que lhe aguarda sorrindo,
Nas reais trocas da guarda, britanicamente realezas pontuais.
Publicada no Facebook em 08/12/2018
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/04/2020