PONTES, ILHAS, CONTINENTES, TEMPESTADES E CALMARIA.

O início e o fim podem ter lados,
Que caminhamos ao inverso,
Podem ser longos ou ser rápidos,
Serão fracassos ou sucessos.

A longevidade do percurso,
Serão segundos ou impulsos,
De agonias, engasgos e soluços,
Se há tempestades ou invernos.

E a jornada pode ser longa,
Não de segundos, mas de anos,
Podem ser beiramar ou altiplanos,
Se há tempo bom ou primavera.

Mas precaução de uma sombrinha colorida,
No começo da caminhada ou travessia ,
Só nos trarão a calmaria,
Pra ligar a ilha ao continente.

Pois só com pontes e solidez,
Teremos a raiz e a certeza,
De que teremos cadeira, prataria e mesa,
Pra degustar o manjar da primazia.

De podermos provar no tempo certo,
Sob um teto ou mar aberto,
De um segundo ou tempo que tomo como empréstimo,
Se presto para servir de elo ou via.

Que com certeza, mesmo com dor ou sofrimento,
Seremos a ponte ou unguento,
Teremos porto e calmaria,
Escorados na alegria, de encerrar todo tormento.

E só assim é que acaba toda pressa,
Chegar ao fim da depressão que nos engessa,
Tomando-nos até o amor e toda energia,
Morrendo tudo, pois já chegou o fim do dia.


Publicado no Facebook em 02/12/2018