REFLEXÕES DE POVOS PRIMORDIAIS NOS DÃO TRILHO E EQUILÍBRIO
REFLEXÕES DE POVOS PRIMORDIAIS NOS DÃO TRILHO E EQUILÍBRIO
Quando o ser humano vence o estigma da individualidade e percebe o quanto somos forjados para sermos aço e não apenas ferro, manganês ou vanádio, percebe a necessidade do caminhar ombreado, sem sequências do preparo de um prato a ser degustado com diversos tipos de alimentos, ervas e condimentos, que são inoculados na panela de modo sequencial.
Ele percebe então que, diferentemente de um cozinhar, precisamos realmente é de equilíbrio nos nossos ritmos, onde não haja a necessidade de um estar à frente do outro, já que um não é trator e o outro não é reboque.
É preciso de cadência, que combina com paciência, compreensão e sintonia de propósitos, percebendo juntos, com a mesma amplitude visual o caminho desejado, conciliando-os e equilibrando-os de modo que cada um em seu trilho próprio possa ver e entender o porquê dos dormentes servirem de base é de fortalecimento do equilíbrio para que o trem dos que se unem possam alcançar seu destino.
E esse trem só consegue desenvolver velocidade quando cruza os campos da natureza, longe das selvas de edifícios sem árvores, morros e planícies, que adornam a nossa alma e irrigam os nossos sacos lacrimais, com a emoção de estarmos num espaço que visceja e brota a esperança, pela beleza das maravilhas perfeitas do Onipotente.
Só assim seremos bons, pois o tempo carnal é breve, e a sala de aula e sua biblioteca é ampla, mas nos exige agilidade para estarmos prontos. Somos aqui apenas alunos com obrigações e necessidades, e devemos ser céleres e obstinados em cumprirmos as etapas que serão nosso alicerce basilar para acharmos o caminho de volta pra casa, não adentrando na floresta densa marcando o caminho com grãos de feijão, milho ou alpiste, que serão comidos pelos pássaros, mas fincando estacas e marcando as trilhas do nosso adentrar em busca do que nos conforte a alma, por tentar entender os propósitos da nossa jornada, com um olhar para frente, mesmo que tendo o esforço contínuo de manter alerta a nossa visão lateral e concentrados em tirar proveito de todos os nossos sentidos e sentimentos, aprendendo a crescer e amar, como células normais e não afligidas por cânceres malignos a buscar o nosso fim de linha antes do traçado que nos foi ofertado.
Mesmo que nesses trilhos tenham engrenagens de desvio, deveremos estar atentos e unidos para os caminhos não se separem sem razões, sem o entendimento harmônico que force tal demanda, pois lá adiante esses mesmos trilhos tenham que se reagruparem em porquês que talvez não saibamos julgar ou entender, pois o amor não se explica por passes de mágica, mas por desígnios que exorbitam a imensidão celeste, que importa no como Deus concebeu o autoexistir e seu criar expansionista, sem limites palpáveis a nós seres humanos, que nem os dons da visão das águias, o olfato das cobras, o ouvir dos cães ou a sensibilidade tátil dos seres que não enxergam, mas que prevêem até as catástrofes muito tempo antes de nós, que nos julgamos superiores a todos os demais seres vivos.
Esse é mais um dos motivos do porquê não devemos nos isolar da natureza e seus segredos medicinais e espirituais, pois estaremos congelando ou petrificando nosso lado sensitivo e instintivo, que muito ajudou a forjar o que somos hoje como grupo social, que se quer ser humanidade e espelho merecedor de refletirmos a imortalidade e a eternidade das nossas almas, que nos foram prometidas por todos os nossos ancestrais, que tanto desdenhamos e abandonamos como fardos pesados nos tempos modernos, seduzidos que somos pela tecnologia que criamos para devorar a nós mesmos, sem que ao menos desconfiemos da armadilha que criamos para a caça que se imaginava ser caçador.
Fica parecendo a estória do caçador que vai se deparar com a onça e o amigo só lhe sugere alternativas em que a onça sempre consegue lhe dar cabo, precisando que reclamemos se realmente temos ao nosso lado um verdadeiro amigo ou um "amigo da onça", pois se não focarmos fielmente nos nossos objetivos, ou cairemos dos trilhos que andaremos sem equilíbrio e união ou seremos alimento da onça predadora e voraz, que é a vida sem o amor, onde cada um almeja andar à frente do outro, usando de ardis marcados pelos sete pecados capitais.
Publicado no Facebook em 12/08/2018