UMA UNIÃO JULIANA CHAMADA ANA ROSA
UMA UNIÃO JULIANA CHAMADA ANA ROSA
Todo casal quase sempre sonha,
Que a primogenia seja de um menino,
Mas ninguém é dono do próprio destino,
Que trouxe pro berço uma doce Caiana.
Pois cana tem muitas, com todas as cepas,
De Minas, Pernambuco, Alagoas e Bahia,
Mas o sumo esmaga com toda alegria,
O que só poderia ser uma Ana baiana.
Foram tempos de Beatles e até de Stones,
Um prelúdio pra Tropicália que logo viria,
E nascia essa flor que roseira era Ana,
Que o odor mais sublime a todos inebria.
E cresceu sendo a âncora de um barco no cais,
Que depois de andanças, queria um lar,
Ajudando a família a plantar mais sementes,
Ela foi o carinho pra todos ninar.
E cresceu pra seguir magistério brilhante,
Que despertou um Paulinho a lhe cortejar,
Foi andante com ele, enfrentando o frio,
Ensinando nas alturas de Itiruçu a gear.
Lá cresceu as suas crianças primeiras,
Mesmo ficando a rabeira só vir em sua Jequié,
Pois quem bebe água do vale das Contas,
Retorna, se encanta, e desce as ladeiras.
Aqui é a base do totem dessa família,
Que concilia os agravos que surgem nos dias,
Pois quem ama sem medo, só é proezia,
Que a natureza lhe deu pra valer seu encanto.
Todo julho é igual para os céus e o mundo,
Mas o tempo do sol nos faz girar no profundo,
Dos dias e noites em torno das estrelas,
Em lençóis como sedas macias num manto.
Essa é a flor de uma Ana garbosa,
Que se fez flor maior sobre toda a Região,
Preenchendo os jardins da família e amigos,
Sendo a luz Ana Rosa, flor e buquê do sertão.
Publicado no Facebook em 09/07/2018
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 05/04/2020
Alterado em 05/04/2020