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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
OLHANDO PARA O RETROVISOR DA VIDA
OLHANDO PARA O RETROVISOR DA VIDA

Hoje, como ontem, na frente de espelhos,
Vejo meu retrovisor com lente angulada,
Percebendo aos poucos a louca jornada,
Que todos tivemos, prostrando joelhos.

Joelhos sangrando, subindo escadas,
Em degraus sem carpete, chegando ao cimo,
De onde vejo os rastros de sangue caindo,
Venturas de dor, vindo das derrapadas.

Eram dias de fogo que arranham as pedras,
Que estavam sedentas de sangue e suor.
Mas não tinham orvalho e sim as navalhas,
Pra cortar as feridas e lavar seu calor.

Eu andava com medo de minhas lembranças,
De minhas vidas vividas em todas escadas,
Subindo e buscando o meu firmamento,
Lamentos de tudo, tormentos, jornadas.

Foram lágrimas de sangue que pingam e ardem,
Escorrendo pelas canelas, sem pó e sem pau,
Que marcaram caminhos de minha coragem,
Sem temperos, mandingas e nem carnaval.

Vivendo momentos de duas capitais,
Entre pontes, viadutos e praias do sol,
Foram povos estranhos, tempos medievais,
Sacudindo nos ônibus, ventos em caracol.

Foram escadarias da Penha, fé e moral.
Vilarejo é Vila, mar é praia da costa,
Barra do Jucu e Itapuã eram ainda aposta,
Pois Vila já não é pequena, mas Velha afinal.

Após tanto chorar num longo lamento,
Pelo isolamento de saudade abissal,
Vejo um novo chamado chegando no tempo,
Volto sem a Vitória, em Salvador afinal.

Eram sabores diferentes, fazendo comida,
Que nem mesmo a lombriga se via feliz,
Pois quem comia e dormia na casa amiga,
Precisou cozinhar como um aprendiz.

Eram Maris e Helenas sem Troia heroica,
Cuidando de vez, pois Urquisa já foi.
Foi etapa vencida, lembrança das prosas,
Família valorosa, não esqueçam meu oi.

Seguindo caminhos sotero-baianos,
De ilhas e mangues, baías que há,
Estudando ainda por todos os anos,
Adm e Xadrez, no vale ou Ogunjá.

Os reitores de outrora eram intransponíveis,
Como muralhas que nem viam um furacão,
Formatura chegou, com belos atos cíveis,
Mas sem a nobre presença do reitor de então.

Ternos chiques e roupas bonitas, pomposas,
Todos foram à Chehade do Iguatemi,
Eram eles e elas, pessoas honrosas,
E em noite de festa, Germano esqueci.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 04/04/2020
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