E A TERRA É BIPOLAR - CONTRASTANDO O FRIO COM O CALOR.

É engraçado, mas temos dois pólos no nosso planeta Terra. E o incrível disso é que se mostram extremamente severos com a vida, principalmente a humana, como a nos ensinar que os extremos não são afáveis, acolhedores ou cheios de cores.

Todavia, são os locais onde encontramos a água mais límpida, entranhada nas geleiras formadas a milhares ou milhões de anos. E, à exceção de algumas expedições científicas ou raras tribos de esquimós, só são visitadas por animais típicos em seus pelos, couros ou couraças, que lá buscam seus alimentos essenciais, como o krill.

É interessante sabermos que a vida prolifera com mais força e esplendor onde as temperaturas são mais elevadas, mesmo que também os desertos ardentes não sejam de hospitalidade fácil. Mas, com certeza é o meio do mundo onde podemos desfrutar do equilíbrio mais confortável para a vida, possuindo a maior parte das espécimes vegetais e animais do globo terrestre.

Mesmo os animais acostumados ao frio, como as baleias jubarte, vêem para as áreas marinhas termicamente mais quentes para reproduzirem, como sempre o fizeram as tartarugas marinhas e muitas aves. E não esqueçamos dos répteis, que são de sangue frio e precisam de locais aquecidos para sobreviver, utilizando antigas técnicas de hibernação para enfrentar eventuais temperaturas baixas de certas estações do ano.

Mas e o ser humano, onde se encaixa nessa história de extremos? Se não fosse essa dualidade um paradoxo com o estado emocional das pessoas, poderíamos nos limitar aos dilemas dos pólos terrestres. Entretanto, vivemos das nossas emoções e sujeitos ao convívio entre diversos no meio de iguais, e vice-versa.

Daí, o ser humano tem sido atormentado por seus momentos de alegria e tristeza, calma e fúria, nos deixando ao sabor do conflito das nossas extremidades emocionais, que se enfrentam na famosa bipolaridade.

É fato que todos somos sujeitos a esse transtorno do humor, mas que naqueles que realmente são diagnosticados por essa síndrome, o sofrer é uma constante, que atinge a todos que lhes rodeiam.

Não é fácil a relação com os bipolares, pois eles são afetados pelos extremos sem aviso qualquer. O que demanda muito mais atenção, aceitação, tolerância e carinho com eles e elas, ajudando a tirar os espinhos que por ventura estejam a fustigar as suas almas, como os que ferem as patas dos animais, tornando-os eventualmente indóceis.

O difícil às vezes é fazer o próprio sofrente se aceitar como doente e permitir-se ser ajudado ou tratado.

Como é difícil também, fazer com que todos busquem se relacionar sem provocar ou alimentar situações que só levam ao conflito, à guerra e ao aparte, quando o que realmente precisamos é de liga na massa, para a construção ficar mais sólida e os relacionamentos humanos serem pautados pela união e pelo somar, multiplicar ou dividir, mas não o diminuir. E esse diminuir só será bem-vindo se o for para acabar o sofrer da carne e da alma!

Que o contraste do frio e calor, do sul e norte, do leste e oeste, do positivo e negativo, venham a se tornar relações de equilíbrio e de conjugação, pois as lâmpadas só se acendem quando se juntam os pólos. E as lâmpadas só se acenderão sobre as nossas mentes e vidas quando buscarmos o equilíbrio em tudo que fizermos e almejarmos, como os sóis e os planetas se mantém em suas órbitas, rotações e transações pela regra do equilíbrio, mesmo que seja apenas em suas energias. Já para nós, nos foi presenteada a graça de podermos equilibrar a vida com a paz e o amor!

Publicado no Facebook em 12/04/2018