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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
MAIS PAJÉS E MENOS CACIQUES É O QUE PRECISAMOS DESDE ONTEM!
MAIS PAJÉS E MENOS CACIQUES É O QUE PRECISAMOS DESDE ONTEM!

Quando um grupo familiar ou étnico se estabelece nas profundezas de um habitat, o faz tendo à frente seus guias, caciques ou líderes para o enfrentar do caminho recém percorrido ou ainda a percorrer.

É louvável a tarefa destinada, de ser luz para na noite adentrar, ou raio de sol por entre as nuvens majestosas para abrir a clareira, penetrar nas selvas de pedra, de floresta ou de mata, de areia ou urtigas e espinhos a nos desafiar. É robusta a coragem de dar o peito à frente pra romper as barreiras e proteger todos os flancos do clã, que almeja um lugar prazeroso para descansar, garantindo e acertando o caminho, como a descortinar um veio de pedras preciosas.

Mas, depois dessa etapa tão árdua e desafiadora, nos impõe ter ao lado e servindo de base, de solo que nos dá leito e acalanto, os conselhos dos sábios pajés a nos capacitar com o conhecimento dos tempos, vividos ou a viver sobre os ventos que haverão de soprar brisas, nuvens e chuvas de esperança.

Será com esse buscar de um aprendizado do que tivemos no passado, que serão o alicerce para o hoje sobreviver, que teremos ou construiremos o alicerce necessário para edificar a continuidade da vida, seja individual ou coletivamente.

Haverá novos dias, os quais serão de esperança e de paz, se soubermos usufruir com respeito e comedimento o que a natureza nos dá pro sustento, sem necessitar invadir o espaço das outras pessoas, plantando a semente da harmonia necessária para a busca da felicidade, como se fôssemos beber água, mas sem precisar ser um peixe e estar submerso nela, apenas pegando a cacimba e sorvendo os goles diários e necessários para o corpo se manter hidratado, de acordo com a necessidade diária de cada um, que também é reflexo do clima e das ações que desempenhamos, ou até da energia que gastamos e precisamos repor.

Toda comunidade precisa de ambos, cacique e pajé, liderança política e médica, seja do corpo ou seja do espírito. Pois sem saúde em todos os aspectos da nossa vida, de nada adiantará ter vivido e convivido.

Os sonhos são fundamentais para embalar as redes em que deitamos, nutrindo nossas almas de esperança de que o amanhã não trairá nossos anseios. Mas, devemos agir no agora com muita consciência e virtude, fazendo com que esses sonhos não se tornem pesadelos, decorrentes da culpa que podemos acumular negativamente em nossos sistemas neurais, por não tratar eventualmente os nossos semelhantes como desejamos em reciprocidade.

Mas também é urgente que aprimoremos o que novelamos em nossos sets imaginários de propósitos, cuidando da nossa saúde espiritual e mental, para que, consequentemente não tenhamos qualquer dificuldade na dinâmica social, que requer um ordenamento necessário para tudo dar certo, nos proporcionando caciques melhores, os quais não sejam sobrecarregados de tarefas ou que, por nossos desleixos, se deixem contaminar pela nefasta sombra da sensação de se acharem elevados, superiores e com ganância pela deificação de propósitos mais mesquinhos, que é se valer da inocência dos outros para tirar proveito.

Desde os primórdios do ontem original que todos nós só queremos o direito de existir, subsistir e proporcionar a continuidade do nosso legado através da descendência. E para isso devemos nos preparar, aprimorando o nosso senso crítico e fundamentando o nosso opinar pelo pesquisar e vivenciar, para poder opinar e escolher com virtude e coerência, pois o Estado constituído para ser o motriz de nossos destinos precisa de cérebros afinados com o querer do povo, pautado na lealdade aos propósitos decantados, para que todos nós sejamos felizes, e não apenas uns poucos em detrimento de muitos.

Devemos ser como os cupins, as abelhas e os João de Barros, que pacientemente constroem seus lares, mas sempre pautados na solidez da certeza de que tudo sairá conforme foi arquitetado, por ter a disciplina e o amor no agir, como é o exemplo de quem vai à beira do fogão para cozinhar, mas que tem como fundamento preparar os quitutes com a pitada de tempero chamada amor. Pois pode se usar os mesmos ingredientes e ter resultados diversos e não almejados, quando só fazemos por fazer.

Publicado no Facebook em 09/05/2018
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 04/04/2020
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