SÓ AGRADECER, JÁ QUE MINHA ALMA ESTÁ EXAUSTA DE TANTO CHORAR!
SÓ AGRADECER, JÁ QUE MINHA ALMA ESTÁ EXAUSTA DE TANTO CHORAR!
Hoje eu dedico essas linhas a todos os conviveres da minha já quase longa vida, tanto os que me amam, os que nem me percebem realmente, quanto os que até me odeiam ou invejam, pois hoje é um dia igual aos outros, no eterno e profundo Universo de Deus.
Mas posso declamar que, por todas as energias e pensamentos, atos e omissões, desejos e venturas, pesadelos ou infortúnios, tornam-se os dias dos ciclos terrestres, no seu show único das 24 horas e sua fração acrescida, como momentos ímpares dentro da mística de vida que experienciamos! Pois, como os sábios sempre disseram em muitas versões de palavras: que nada num ponto do rio será sempre igual, pois as águas passam e não voltam jamais, ou até se isso o faz, não será mais da mesma maneira.
Hoje, esse serhumaninho, como falam os jovens de hoje, que lhes invade o íntimo, quer demonstrar que ainda tem esperança no mundo e no ser social, que teima em não ser exatamente tão sociável, mas que tem todo o arcabouço necessário para vivenciar uma experiência de convívio e usufruto do tudo que nos é presenteado pelo éter bendito, simbolizado pelas narrativas homéricas, heroicas ou utópicas, mas que são como parábolas advindas da forja do mundo, que conhecemos e que não entendemos, pois parte dele está na penumbra das brumas que escondem os mistérios de Deus.
E essa esperança é embasada no tudo que vivi até hoje, das agruras e desafios, decepções e surpreendentes fascínios de ver brotar algumas sementes, mesmo onde não imaginamos ser o solo fértil e confortável para germinar. Esperança que continua, mesmo combalida pelo enfrentar das bestas do apocalipse que tentam por fim aos anseios de eternidade, que nossas almas tanto almejam. Esperança que perdurará na força que encontro naqueles que me cercam com amor despropositado de reciprocidade, e que me é dado pelo que represento nas suas vidas, pelo amor fraternal e despretendido da busca de lucrar algo que dedico a toda a humanidade.
Serei carente eterno de felicidade, que só a encontrarei plena quando ver todos que alcanço, vivendo sem ódio, sem ressalvas, sem cobranças e sem dever nada a ninguém, repartindo o tudo, desfrutando do fruto do amor universal que os anjos, querubins e serafins declamam aos ventos e todos os sóis. Pois o que cada ser humano espera do outro é o que um filho espera da mãe, tendo colo, alimento e carinho, mas também sabendo que no dia certo, como os filhotes da águia no ninho, terão que descer dos penhascos abrindo suas asas para voarem os seus próprios vôos e lutas de vida para sobreviver.
Clamo a todos que busquemos ser justos para com os injustiçados, unguento para os adoentados, vela e guia para os que sofrem da cegueira, seja dos olhos ou das traves que colocamos inconscientemente na frente das nossas vistas, pois só assim teremos guardado um lugar primoroso, para após o descanso do corpo, que servirá de alimento para a vida terrena continuar, num cantinho sem fronteiras nem marcos, mas por todo espaço celeste, em que possam nossas almas reinar, de ombros dados a todos que partilhem da boa vontade!
Por isso, não quero hoje a expressão do pedir, mas só agradecer a todos por me permitirem existir em vossas vidas e corações, vislumbrando minhas lagrimas secar, pois hoje não quero meu choro com tristeza e sim com a alegria de viver!
Publicado no Facebook em 04/05/2018
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 04/04/2020