LEMBRANDO OS GREGOS, PARA OS HORIZONTES DA HUMANIDADE.
LEMBRANDO OS GREGOS, PARA OS HORIZONTES DA HUMANIDADE.
Num certo momento da história humana, alguns no meio de tantos, buscaram o desafio de tentar enxergar adiante da penumbra, das brumas que turvam os invernos da vida.
Foram momentos inquietantes, para homos não tão sapiens, pois os duplos sapiens ainda germinavam. Estarem espalhados em África, adensados ou dispersos nos grupos nas selvas, savanas, montanhas, ravinas e desertos que já existiam bem antes de tudo, por força de Gaya, a nossa Mãe Terra, já era em si imenso combate.
É nesse embate tão áspero, que até mesmo os rastros se perdem nas areias, que se sujeitam em dunas, ao ventos que lhes cortejam. E tomando as rédeas de cérbero, enfrentam infernos, pra subir as montanhas, as quais são mirantes pros novos horizontes, que se acham tão perto e tão longe, mas são desafios pra vida continuar, desdenhando do profundo que é o reino de Hades, guardião de Tânatos, que tanto nos chama, mas o queremos adiar nos nossos anseios de destino.
Na busca do Éter, acima de Urano, estaríamos sonhando o profundo mergulho, rebentos do Caos que foi todo o início. E Morfeu nos ensina a sonhar no acalanto de Hipnos, com sonhos oniros e no leito de Nix, para podermos desfrutar do tempo que Jápeto nos dá para existenciarmos sob o Atlas que suporta todo o céu que almejamos.
Mas todo esse caminhar, que após dominarmos o fogo presenteado por Prometeu, nos trouxe as perspectivas de avançarmos além dos demais animais, suplantando até outros homos que ficaram nas trevas de Éberos, como se estivessem vagando no vácuo acima de Nix, de escuridão sem vida pensada e ativa, nos mostra que o mundo é fecundo para quem busca novos horizontes, onde novas flores e frutos nos venham como em cornucópias presenteadas por Deméter, para nos civilizarmos e finalmente aprendermos a amar nossos semelhantes e a nós mesmos, primordialmente.
E assim se destina a humanidade, enquanto respeitar a fecunda mãe Gaya, que nos dá o direito de exercer a primazia do cetro, do raio, do relâmpago, da ordem e justiça de Zeus, para o gozo majestoso dos mistérios sublimes e profundos, mas cheios de vida, como se navegássemos placidamente sobre o reino de Poseidon.
Publicado no Facebook em 03/05/2018
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 04/04/2020