VALQUÍRIA GUERREIRA FECHANDO ABRIL
(Graças a uma prima querida, para o dia 30/04/2018)

Pra minha pequena guerreira cabocla, /
nascida sob a sombra de um amargoso, /
em amargosa ainda não é um primeiro. /
Pois abril ainda tem pincel e tinta do mês, /
E se hoje é Dia Nacional da Mulher, /
Nem é dez, vinte ou trinta, somente é 36.

Fecha abril de um mês brasileiro, /
Que tem dia de caboclo e do índio. /
E por usura Tiradentes morria e partia, /
Pra marcar a contenda, derrama do ouro.
Por que na praia, aqui Cabral descobria, /
A terra que via, mas Fernanda é o tesouro.

Como toda guerreira, amazona ou valquíria, /
Ela peleja e conquista espaços na raça, /
Ela é justa, não trapaça, ela ama a família. /
Família diversa, feliz e decente, /
Que também lhe ama, lhe nina na cama, /
Respeita o seu rumo e só compreende.

Olhando seu dia na história, arrepia, /
Pois Diocleciano livrou os cristãos. /
Mas em compensação, de tristeza tardia, /
Belchior já partia, há um ano então. /
Deixando a música, encanto e magia, /
Velas do Mucuripe e Paralelas tremia, por medo de avião.

Mas para as guerras, uma só alegria, /
O jornal noticia, Eva e Hitler afundam. /
E o mundo renasce, com mais sintonia, /
Dos novos frutos que tanto abundam, /
Em novos estilos de escolha e magia, /
Com Nanda Braga as estrelas comungam!

Ser enfermeira suando nas quadras, /
Curando e sarando as malhas, /
Alegre ela trabalha e ainda estuda, /
Não deixa ninguém sem ajuda /
Pois treina muito, molhando as toalhas, /
Para encontrar o Zen, o mantra e seu Buda.

Ela é um barato, uma joia, um encanto, /
Não é rica de ouro, tem mais que o banco, /
Não se assuste, não ache um espanto, /
Sorve o leite, sobre um plácido manto, /
Porque ela é forte, mas também é carinho, /
E como uma águia, guarnece seu ninho. /

Publicado em 29/04/2018.