CORDEL DE GUERRA
Qual será o nosso futuro,
Desde quando só há o fim?
Mas agora vejo Maduro,
Que está acima do muro,
Não tem lado ou não é puro,
Quando querem ouro escuro,
Pois toda guerra é assim.
Em Kiev há dias sem luto,
Desde que não há o Pinguim,
Pois o Batmóvel tem furo,
Nos pneus da anca do mudo,
Ou da roca e um parafuso,
Desde que não mais uso,
Porque lá o sol é sem fim.
Esfregaram mísseis no Kremlin,
Das fronteiras e do império,
Sem saber de Arthur e Merlin,
Ou Sinatra e Fred Astaire,
Que juntou a Nikita que fere,
E falou de filme em série,
Mas a vingança é um mistério.
E assim, Zeus foi ter Europa,
Como Ogum quis ver Yemanjá,
E da sala foram pra copa,
Tudo enquanto alguém galopa,
Ou estão andando de botas,
Nas mentiras de gás e cotas,
Liberdade que não beira mar.
Era com os olhos da América,
Tudo quando Colombo foi lá,
E sentou na minha espera,
Não usou rosa na lapela,
Só sangrou e foi Cinderela,
Que não sei se era tão bela,
Mas agora quer me roubar.
Querem luta para ter armas,
Sustentando o vilão suspirar,
Pois aqui nos tiram as almas,
Com coca-cola posta em malas,
Ou o fumo em que te empalas,
Tudo o que na pele é escaras,
Na visão de um fim nuclear.