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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
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CORDEL DE GUERRA

CORDEL DE GUERRA

 

Qual será o nosso futuro,

Desde quando só há o fim?

Mas agora vejo Maduro,

Que está acima do muro,

Não tem lado ou não é puro,

Quando querem ouro escuro,

Pois toda guerra é assim.

 

Em Kiev há dias sem luto,

Desde que não há o Pinguim,

Pois o Batmóvel tem furo,

Nos pneus da anca do mudo,

Ou da roca e um parafuso,

Desde que não mais uso,

Porque lá o sol é sem fim.

 

Esfregaram mísseis no Kremlin,

Das fronteiras e do império,

Sem saber de Arthur e Merlin,

Ou Sinatra e Fred Astaire,

Que juntou a Nikita que fere,

E falou de filme em série,

Mas a vingança é um mistério.

 

E assim, Zeus foi ter Europa,

Como Ogum quis ver Yemanjá,

E da sala foram pra copa,

Tudo enquanto alguém galopa,

Ou estão andando de botas,

Nas mentiras de gás e cotas,

Liberdade que não beira mar.

 

Era com os olhos da América,

Tudo quando Colombo foi lá,

E sentou na minha espera,

Não usou rosa na lapela,

Só sangrou e foi Cinderela,

Que não sei se era tão bela,

Mas agora quer me roubar.

 

Querem luta para ter armas,

Sustentando o vilão suspirar,

Pois aqui nos tiram as almas,

Com coca-cola posta em malas,

Ou o fumo em que te empalas,

Tudo o que na pele é escaras,

Na visão de um fim nuclear.

Enviado por Poeta Braga Costa em 15/05/2022
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