94 ANOS: NADA A COMEMORAR
Vimos do século passado,
Enfrentando as atribulações,
Dando paz a quem tem guiado,
Laborando pelas estações.
Trabalhar no Sol das estradas,
Ver o asfalto revestir rodovias,
Mostrou-nos um país com boiadas,
Transportadas por carros e guias.
Cortamos desde o Sul ao Norte,
Somos vinho além das capitanias,
Somos quem trabalha até a morte,
Seja em Minas, no Rio ou Bahia.
Crescemos nas estradas da vida,
E já não quero tutela de loucos,
Quero ser parte de cada vida,
E ganhar todo aplauso e louros.
Nossos guardas são policiais,
Que demonstram ser como anjos,
Sendo doutos em tudo que faz,
Nos doando até aos estranhos.
Renovada e mais fortalecida,
A PRF propôs nova história,
E agora, quer ser reconhecida,
No valor de atitudes e glória.
Os guerreiros no fim querem paz,
Quando a volta pra casa é sem dor,
E justiça é um direito a quem faz,
Pois a sede ou a fome é um clamor.
Pois esses gigantes são os PRFs,
Em viaturas, em gesto e alegrias,
Que merecem as condições e preces,
Como ter a subsistência dos dias.
Mas se já comemoramos o passado,
Hoje não há porque se comemorar,
Desde quando a vida é de gado,
E ninguém mais sustenta um lar.
É preciso dar voz e o bom valor,
Às centúrias em tempos de guerra,
Pois além dos dias de sol e calor,
Quem trabalha quer vida e terra.
Parabéns, aos noventa e quatro anos!
Deveria ter uma melhor homenagem,
Pois, se a polícia é feita de humanos,
A PRF é emblema de quem tem coragem!